sexta-feira, 8 de julho de 2011

Relatório da ONU sobre Objetivos do Milênio revela aumento do financiamento ao combate da aids

O relatório também diz que novas infecções pelo HIV diminuíram constantemente no mundo, principalmente na África subsaariana. Em 2009, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus – uma queda de 21% desde 2007, quando houve o pico de novas infecções.

Confira a seguir um resumo do relatório

Avanços significativos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram feitos, ainda que a meta de cumprir todos os Objetivos até 2015 continue sendo um prazo desafiador, porque os países mais pobres do mundo estão sendo deixados para trás

O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011, lançado nesta quinta-feira (07) pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, diz que há razões para celebrar, já que grandes sucessos foram alcançados desde que líderes mundiais em 2000 estabeleceram os Objetivos para reduzir a pobreza extrema, a fome, o analfabetismo e as doenças.
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011 destaca sucessos no desenvolvimento, afirmando que muitos se devem ao crescimento econômico contínuo em alguns países em desenvolvimento e aos esforços direcionados em áreas críticas dos ODM, como a saúde. O aumento do financiamento por várias fontes, afirma o documento, aumentou em programas-chave como o do tratamento para pessoas com HIV/aids.

Dirigir-se para um caminho mais sustentável é essencial para conquistar os ODM, disse Ban. Ecossistemas devem ser protegidos para apoiar o crescimento contínuo e os ambientes naturais. A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável de junho de 2012, que será realizada no Rio de Janeiro e é frequentemente referida como Rio+20, oferece uma grande oportunidade para os novos progressos.

Progressos significativos citados
  • Novas infecções de HIV diminuíram constantemente. Em 2009, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV – uma queda de 21% desde 2007, quando houve o pico de novas infecções.
  • O número de pessoas recebendo terapia antirretroviral para HIV/AIDS aumentou 13 vezes de 2004 a 2009, graças ao aumento de financiamento e à expansão de programas.
  • Aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas em áreas urbanas e 723 milhões de pessoas em áreas rurais ganharam acesso a melhores fontes de água potável no período entre 1990 e 2008.
  • O mundo como um todo ainda está no caminho para alcançar a meta de redução da pobreza e, até 2015, a taxa de pobreza global deve cair para menos de 15% – bem abaixo dos 23% estimados – apesar dos contratempos das recentes crises econômicas, de alimentos e energética.
  • Alguns dos países mais pobres fizeram grandes avanços na educação. Por exemplo, Burundi, Madagascar, Ruanda, Samoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Tanzânia alcançaram, ou estão próximos, do objetivo da educação primária universal. O número de mortes de crianças com menos de cinco anos diminuiu de 12,4 milhões, em 1990, para 8,1 milhões em 2009, o que implica em quase 12 mil mortes de crianças a menos a cada dia.
  • Mais financiamento e esforços intensos diminuíram as mortes por malária em 20% em todo o mundo – de quase 985 mil, em 2000, para 781 mil em 2009.

Não alcançando os mais vulneráveis

O progresso, no entanto, tem sido desigual e ainda há muitas pessoas sendo deixadas para trás, observa o Relatório. Apesar dos principais avanços, grandes lacunas permanecem entre e dentro dos países, e os esforços devem ser intensificados.

O progresso tende a ignorar aqueles que estão nos patamares mais baixos da hierarquia econômica ou são desfavorecidos de alguma maneira por causa de seu gênero, idade, deficiência ou etnia”, disse Ban. “E as disparidades entre as áreas rural e urbana permanecem assustadoras.

O Relatório mostra que as crianças mais pobres fizeram os progressos mais lentos em termos de melhoria na alimentação e sobrevivência. Em 2009, quase um quarto das crianças no mundo em desenvolvimento estavam abaixo do peso, sendo as crianças mais pobres as mais afetadas. Crianças de famílias pobres nos países em desenvolvimento têm mais do dobro do risco de morrer antes do quinto aniversário do que as crianças nascidas em famílias ricas.

Redação da Agência de Notícias da Aids
Enviado pelo jovem: José Rayan

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