quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ativistas, soropositivos e gestores falam sobre os avanços e desafios no combate à Aids

Alister Rafael, integrante da RNAJVHA
conta sua experiência
Nesta segunda-feira, dia 15 de agosto, o programa Aconteceu, da RedeTV!, foi dedicado aos 30 anos da aids no mundo. Ativistas, pessoas que vivem com aids e gestores relataram as formas de prevenção e experiências de como é viver com uma doença sexualmente transmissível que baixa as defesas do organismo e não tem cura.

"Quando recebi o diagnóstico positivo de HIV eu senti que tinha morrido", disse o fundador do Grupo Hipupiara, ONG paulista de combate ao HIV, Beto Volpe.

Beto adoeceu em uma época que ainda não havia remédios. "Fiquei em estado terminal, com 34kg. Em 1996, com a disponibilização de antirretrovirais no país, me recuperei".

Com explicações da coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, Maria Clara Gianna, o programa da RedeTV! mostrou que todos são vulneráveis ao vírus da aids. "Mas existem grupos que são mais expostos ao HIV, como gays, homens que fazem sexo com homens, mulheres e usuários de crack", explicou Maria Clara.

No caso da advogada Beatriz Pacheco, a infecção veio aos 50 anos de idade, por meio do marido. Eles não usavam camisinha. Hoje, aos 62 anos, Beatriz está com outro marido, que é soronegativo. "Tivemos que aprender a usar camisinha. Aprendemos a erotizar o preservativo em uma festa de amor, de prevenção, no sentido de dizer eu te amo tanto que cuido de você."

Problemas

Os problemas relacionados ao tratamento das pessoas com HIV/Aids também foram abordados. "Tem fracionamento de medicamento, faltam kits para a realização do teste de carga viral e o agendamento da primeira consulta é demorado", relatou o enfermeiro Alister Rafael Silva, que contraiu o HIV depois de uma relação eventual sem preservativo.

O Ministério da Saúde informou que os problemas com o kit foram resolvidos sem ter prejudicado o tratamento de nenhum paciente. Já os atrasos nas consultas variam de acordo com cada região e devem ser apurados com as coordenações municipais de DST/Aids.






Fonte: Agência de Notícias da Aids
Por: Redação
Imagens: Reprodução
Enviado por: João Geraldo Netto

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