Com o advento do coquetel, a AIDS parece ter-se tornado uma preocupação secundária das pessoas, como se os medicamentos, por si só, pudessem resolver o problema. As estatísticas provam que o risco permanece, e atinge grupos que não são exatamente aqueles que, no passado, mais preocupavam os interessados na questão. Há 22 anos a ONG Grupo pela Vidda luta para informar e conscientizar as pessoas. Há sete realiza a mostra Cinema contra a AIDS. O evento deste ano começa hoje e vai até a próxima quinta em duas salas - Centro Cultural São Paulo e Cine Olido, onde você poderá assistir a cerca de 20 filmes, entre curtas, longas e documentários.
Dzi Croquettes ou Rock Hudson? Os dois. O documentário de Tatiana Issa e Raphael Alvarez reconstitui, por meio da história do grupo performático, um tanto da história do Brasil sob a ditadura militar, que eles afrontaram (e enfrentaram) com seu comportamento libertário. A riqueza do material iconográfico, somada a depoimentos emocionantes, transforma o filme num dos melhores documentários musicais produzidos no País (e no mundo). Rock Hudson, Belo e Enigmático, de Andrew Davies e Andre Schaffer, segue a via (quase) oposta. O que os Croquettes escrachavam, Hudson reprimia. Como galã de Hollywood, considerado um expoente de masculinidade, ele tinha de esconder sua opção sexual e só saiu do armário ao admitir, publicamente, que era soropositivo. O impacto foi grande sobre a opinião pública de todo o mundo.
Pela primeira vez, milhões de pessoas pararam para encarar a síndrome que não cessava de fazer vítimas. Hudson ganhou uma aliada -a estrela Elizabeth Taylor, com quem fez o clássico Assim Caminha a Humanidade, de George Stevens. Em apoio ao amigo, Liz tornou-se uma batalhadora contra a AIDS. Associando-se ao Festival de Cannes, o maior do mundo, criou a Gala Contra a AIDS, que todo ano reúne celebridades num jantar beneficente para levantar fundos para a pesquisa. A própria Taylor, no entanto, dizia que o mais importante era vencer o preconceito. Durante muito tempo, o aidético foi discriminado como causador da própria desgraça.
Precisaram surgir outras formas de contaminação - por transfusão de sangue, como a que atingiu o cartunista Henfil. Chegou o momento em que a AIDS não podia ser considerada só a doença de um grupo, apenas. Não se pode esquecer que, nos primórdios, ela se manifestava como doença de pele e era chamada de câncer gay. AIDS e Preconceito, Estado de Negação, HIViaids na Malásia, Rompendo o Silêncio - os títulos de alguns dos filmes mais atraentes da programação dão uma ideia do que o público vai encontrar. O ator Stephen Fry está agora no centro do documentário HIV and Me. Duas atrizes brasileiras, Sílvia Lourenço e Sabina Greve, assinam Under the Kin, Sob a Pele, que integra o filme coletânea Fucking Different São Paulo. Toda essa programação não visa atingir somente a um público militante. O cinéfilo pode embarcar sem medo. A programação oferece muita coisa de qualidade.
Dzi Croquettes ou Rock Hudson? Os dois. O documentário de Tatiana Issa e Raphael Alvarez reconstitui, por meio da história do grupo performático, um tanto da história do Brasil sob a ditadura militar, que eles afrontaram (e enfrentaram) com seu comportamento libertário. A riqueza do material iconográfico, somada a depoimentos emocionantes, transforma o filme num dos melhores documentários musicais produzidos no País (e no mundo). Rock Hudson, Belo e Enigmático, de Andrew Davies e Andre Schaffer, segue a via (quase) oposta. O que os Croquettes escrachavam, Hudson reprimia. Como galã de Hollywood, considerado um expoente de masculinidade, ele tinha de esconder sua opção sexual e só saiu do armário ao admitir, publicamente, que era soropositivo. O impacto foi grande sobre a opinião pública de todo o mundo.
Pela primeira vez, milhões de pessoas pararam para encarar a síndrome que não cessava de fazer vítimas. Hudson ganhou uma aliada -a estrela Elizabeth Taylor, com quem fez o clássico Assim Caminha a Humanidade, de George Stevens. Em apoio ao amigo, Liz tornou-se uma batalhadora contra a AIDS. Associando-se ao Festival de Cannes, o maior do mundo, criou a Gala Contra a AIDS, que todo ano reúne celebridades num jantar beneficente para levantar fundos para a pesquisa. A própria Taylor, no entanto, dizia que o mais importante era vencer o preconceito. Durante muito tempo, o aidético foi discriminado como causador da própria desgraça.
Precisaram surgir outras formas de contaminação - por transfusão de sangue, como a que atingiu o cartunista Henfil. Chegou o momento em que a AIDS não podia ser considerada só a doença de um grupo, apenas. Não se pode esquecer que, nos primórdios, ela se manifestava como doença de pele e era chamada de câncer gay. AIDS e Preconceito, Estado de Negação, HIViaids na Malásia, Rompendo o Silêncio - os títulos de alguns dos filmes mais atraentes da programação dão uma ideia do que o público vai encontrar. O ator Stephen Fry está agora no centro do documentário HIV and Me. Duas atrizes brasileiras, Sílvia Lourenço e Sabina Greve, assinam Under the Kin, Sob a Pele, que integra o filme coletânea Fucking Different São Paulo. Toda essa programação não visa atingir somente a um público militante. O cinéfilo pode embarcar sem medo. A programação oferece muita coisa de qualidade.
7º CINEMA MOSTRA AIDS
Cine Olido
(Avenida São João, 473, tel. 3331- 8399; grátis)
- Hoje: 16h, Pedro, de Nick Oceano; 17h, Sexo Positivo, de Daryl Wein; 19h30, Under the Skin, de Silvia Lourenço e Sabrina Greve; e 68 Páginas, de Sridhar Ragayan
- Amanhã: 15h, O Universo de Keith Harring, de Christina Clausen; 17h, Stephen Fry e a AIDS, de Ross Wilson; 19h, Rock Hudson - Belo e Enigmático, de Andrew Davies e André Schäffer
- Domingo: 15h, Meu Amigo Claudia, de Dácio Pinheiro; 17h, Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez
CCSP
(Rua Vergueiro, 1.000, tel. 3397-4002; R$ 1)
- Hoje: 16h, Defendendo a Verdade, de Tim Daniels; 18h, De Mãos Atadas, de Dan Wolman; 20h,
- Amanhã: 16h, O Universo de Keith Harring, de Christina Clausen; 18h, Rock Hudson - Belo e Enigmático, de Andrew Davies e André Schäffer; 20h, Uma Dama de Ferro, de Vagner de Almeida
- Domingo: 18h, Estado de Negação, de Elaine Epstein; 20h, Estão Voltando as Flores, de Ana Cristina Kleindienst, João Cotrim, Julia Alquéres e Natália Manczyk
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