sábado, 17 de setembro de 2011

Apesar de avanços, tratamento da aids ainda é difícil, avaliam ativistas

Juçara Portugal
Juçara Portugal, representante da Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV (ICW) no Brasil, usa antirretrovirais desde 1992. Ela já passou por diferentes esquemas terapêuticos. “Essas novidades que aparecem com a junção de remédios são muito importantes, pois melhoram a adesão ao tratamento”, disse.

A ativista ressaltou também que atualmente os remédios são administrados de forma mais personalizada, levando em consideração outros aspectos da pessoa que tem HIV, como a possibilidade de coinfecção com outro vírus.

Porém, segundo a militante, falta esclarecimento para a população de que é possível viver com HIV e não precisar usar remédios no período chamado assintomático. “As pessoas associam HIV a medicamentos.

O integrante da diretoria do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), de São Paulo, Hugo Hagström disse durante entrevista especial sobre os 30 anos da epidemia que tem observado um grande avanço científico na área de tratamento. “Eu cheguei a tomar 32 comprimidos. Hoje, ainda tomo 21, mas porque estou em terapia de resgate e porque além da aids, faço tratamento para outras doenças oportunistas, mas tem gente que toma três ou quatro por dia”, comentou Hugo, que vive com HIV e aids há 26 anos.

Contudo, Hugo ressalta que os efeitos colaterais ainda são muito severos. “Como a lipodistrofia (acúmulo ou escassez de gordura em partes específicas do corpo), que atinge, em especial, as mulheres. Tenho amigas que estão com corpos masculinizados. Isso para a auto-estima delas é terrível. O campo da ciência ainda tem muito a evoluir no tratamento voltado ao gênero.


Fonte: Agência de Notícias da Aids
Enviado por: João Geraldo Netto

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