domingo, 18 de setembro de 2011

Prevenção ao HIV após relação sexual de risco funciona em marcha lenta em São Paulo, dizem ativistas

Em outubro de 2010 o Ministério da Saúde autorizou que soronegativos que passarem por uma relação sexual eventual com risco de contrair HIV têm direito a uma proflaxia com antirretrovirais para evitar  a infecção. A possibilidade de tratamento com remédios depende de alguns fatores, como o tipo de sexo (anal, vaginal ou oral), a certeza ou não do (a) parceiro (a) ter HIV e se os envolvidos pertencem a grupos considerados mais vulneráveis, como gays, profissionais do sexo e usuários de droga.

O Programa Estadual de DST/Aids afirma que o serviço está disponível em todos os municípios de São Paulo, mas isso não acontece”, afirmou o presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro.

Levantamento

O Fórum de ONG/Aids está estimulando os ativistas a realizarem levantamentos sobre a disponibilidade da profilaxia pós exposição sexual em diferentes regiões de São Paulo. Na apuração feita por Jô Fonseca, representante da ONG Sonho Nosso, de Nova Guataporanga, apenas 2 de 10 municípios pesquisados no extremo oeste do Estado ofertam o serviço. “Na maioria dessas cidades os profissionais orientam a procurar uma Santa Casa. Eles estão desinformados”, disse.

Na opinião do presidente do projeto Bem-Me-Quer, José Roberto Pereira (Betinho), a falta de divulgação para os possíveis usuários também gera dificuldades. “Não há flyers e nenhuma outra divulgação voltada aos públicos que são o foco do serviço”, criticou.

Complexidade

O presidente do Grupo Pela Vidda/SP, Mário Scheffer, concorda com as críticas. Porém, Mário ressaltou que é preciso levar em consideração a complexidade do serviço. “São necessários profissionais de plantão com condições de avaliar a indicação da profilaxia”, declarou. “Também temos que reconhecer que o Programa Estadual (de DST/Aids de São Paulo) foi rápido na formalização da iniciativa.

A necessidade de plantonistas citada pelo ativista ocorre porque quanto antes o usuário começar a tomar antirrretrovirais, mais eficaz será o método. O prazo máximo para iniciar a ingestão dos remédios é de 72 horas depois da relação sexual de risco.

Na tarde desta sexta-feira os ativistas afirmaram que vão levar essas demandas aos representantes do Programa Estadual de DST/Aids na reunião. A Agência Aids vai acompanhar. 

Dica de Entrevista
Fórum de ONG/Aids de São Paulo
Tel.: (11) 3334-0704


Fonte: Agência de Notícias da Aids
Por: Fábio Serrato
Enviado por: João Geraldo Netto

0 comentários:

Postar um comentário