
O haitiano morto foi enterrado no cemitério Parque de Manaus, no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital, sem velório, apenas com cerimônia religiosa feita pelo padre Gelmino Costa, da paróquia do bairro São Geraldo, responsável pelo acolhimento dos haitianos em Manaus.
A entrada desordenada de imigrantes no País, pelo interior do Amazonas, tem gerado preocupação às autoridades estaduais. O secretário de saúde do Estado, Wilson Alecrim, está em Brasília (DF) para solicitar do Governo Federal recursos para o reforço na compra de insumos para o diagnóstico e tratamento do HIV e de outras doenças como cólera, febre amarela e sífilis, que são as doenças que mais afetam a população do Haiti.
A diretora da FMT/AM, Graça Alecrim, informou que está preocupada com o avanço do vírus HIV no Estado, que já se encontra em situação alarmante. Entre janeiro e outubro de 2011, foram diagnosticados 800 novos casos da doença.
Devido à viagem desgastante até o Brasil, e em seguida de Tabatinga até Manaus, alguns haitianos portadores do HIV chegam à capital em situação crítica.
"A legislação brasileira não obriga os imigrantes a fazerem exame de HIV antes de entrarem no país. Eles são submetidos a exames após uma conversa franca com os médicos locais. Acreditamos que se não houver medidas eficazes, o índice de contaminação de HIV entre brasileiros pode aumentar", afirmou Graça.
Segundo o padre Gelmino Costa, cerca de 3,5 mil haitianos estão morando em Manaus. Nesta sexta e sábado (28), está prevista a chegada de mais de 200 haitianos vindos de Tabatinga, a 1.105 Km de Manaus. Nesta terça-feira (24), 216 já haviam chegado na capital.
Fonte: G1 Amazonas
Por: Carlos Eduardo Matos
Enviado por: João Geraldo Netto
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