O interesse da comunidade científica na cura da aids está ganhando cada vez mais força. Nos discursos que encerraram nesta quinta-feira, em Roma, a 6ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids (IAS, sigla em inglês), o assunto que era até então visto como um sonho foi tratado de maneira prática.
"Há 15 anos, até os cientistas mais otimistas estavam em silêncio sobre a possibilidade da cura ou vacina contra o HIV", disse o Presidente da IAS, o ugandense Elly Katabira. "Agora as esperanças ressurgiram e a IAS se sente orgulhosa por apoiar as pesquisas na área", acrescentou.
Durante o evento na Itália, um grupo formado por pesquisadores internacionais lançou a "Declaração de Roma para a Cura do HIV". Eles pretendem apresentar na próxima Conferência Internacional de Aids, em julho de 2012 na cidade norte-americana de Washington, os avanços e as estratégias estabelecidas em vista à eliminação ou inatividade total do vírus no organismo.
Mas os participantes da 6ª Conferência da IAS reforçaram também a necessidade da imediata expansão dos projetos de prevenção do HIV entre usuários de drogas injetáveis - população responsável pelo aumentando da prevalência do vírus no Leste Europeu e na Ásia - e uma maior atenção para a saúde das mulheres grávidas e adolescentes da África Subassariana e do Sudeste Asiático.
"Apesar de estarmos num momento de progressos científicos, não podemos fechar os olhos para alguns problemas ainda recorrentes nas áreas de prevenção e tratamento em muitos países", disse o coordenador local do evento, Stefano Vella. "Precisamos de lideranças mais sólidas e corajosas que ajudem a reduzir a infecção do HIV entre usuários de drogas injetáveis. Por muito tempo, essa população vulnerável à infecção foi deixada às margens dos programas de prevenção", acrescentou o italiano.
A Conferência da IAS, maior evento mundial sobre discussões científicas cerca da patogênese, prevenção e tratamento do HIV, reuniu cerca de 6 mil participantes de 129 países.
Aproximadamente 3300 estudos foram inscritos para serem apresentados no evento, dos quais 1100 foram aprovados. Isso representa um recorde no número de inscrições. Mais de 25% dos estudos eram sobre a África.
Declaração de Roma pela Cura do HIV
Dirigido pela professora Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe francesa reconhecida como co-descobridora do HIV, o grupo Towards an HIV Cure (Rumo à Cura do HIV), autor da Declaração de Roma pela Cura do HIV, pretende criar um consenso global sobre como estão as pesquisas acerca das reações do HIV no organismo; e definir prioridades científicas a serem estudadas sobre a resistência do vírus em pacientes em tratamento.
Até a publicação dessa notícia, a Declaração já tinha sido assinada por 122 pessoas, sendo 13 brasileiros. Participe aqui.
Manifestações
Na cerimônia de encerramento da IAS 2011, os ativistas protestaram contra o governo italiano, que diminuiu seu apoio ao Fundo Global de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, após a crise econômica na Europa.
Os manifestantes chamaram o Primeiro Ministro Silvio Berlusconi de mentiroso. E com cartazes criticaram a Itália por não ter cumprido a promessa de doar 260 milhões de euros ao Fundo Global.
As farmacêuticas que produzem os medicamentos contra a aids também foram mais uma vez alvo das criticas dos ativistas. Eles protestaram contra os altos preços cobrados pelos antirretrovirais.
Assista abaixo o filme de encerramento da IAS 2011
Fonte: Agência Aids
Enviado pelo jovem: João Geraldo Netto
Mas os participantes da 6ª Conferência da IAS reforçaram também a necessidade da imediata expansão dos projetos de prevenção do HIV entre usuários de drogas injetáveis - população responsável pelo aumentando da prevalência do vírus no Leste Europeu e na Ásia - e uma maior atenção para a saúde das mulheres grávidas e adolescentes da África Subassariana e do Sudeste Asiático.
"Apesar de estarmos num momento de progressos científicos, não podemos fechar os olhos para alguns problemas ainda recorrentes nas áreas de prevenção e tratamento em muitos países", disse o coordenador local do evento, Stefano Vella. "Precisamos de lideranças mais sólidas e corajosas que ajudem a reduzir a infecção do HIV entre usuários de drogas injetáveis. Por muito tempo, essa população vulnerável à infecção foi deixada às margens dos programas de prevenção", acrescentou o italiano.
A Conferência da IAS, maior evento mundial sobre discussões científicas cerca da patogênese, prevenção e tratamento do HIV, reuniu cerca de 6 mil participantes de 129 países.
Aproximadamente 3300 estudos foram inscritos para serem apresentados no evento, dos quais 1100 foram aprovados. Isso representa um recorde no número de inscrições. Mais de 25% dos estudos eram sobre a África.
Declaração de Roma pela Cura do HIV
Dirigido pela professora Françoise Barré-Sinoussi, integrante da equipe francesa reconhecida como co-descobridora do HIV, o grupo Towards an HIV Cure (Rumo à Cura do HIV), autor da Declaração de Roma pela Cura do HIV, pretende criar um consenso global sobre como estão as pesquisas acerca das reações do HIV no organismo; e definir prioridades científicas a serem estudadas sobre a resistência do vírus em pacientes em tratamento.
Até a publicação dessa notícia, a Declaração já tinha sido assinada por 122 pessoas, sendo 13 brasileiros. Participe aqui.
Manifestações
Na cerimônia de encerramento da IAS 2011, os ativistas protestaram contra o governo italiano, que diminuiu seu apoio ao Fundo Global de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, após a crise econômica na Europa.
Os manifestantes chamaram o Primeiro Ministro Silvio Berlusconi de mentiroso. E com cartazes criticaram a Itália por não ter cumprido a promessa de doar 260 milhões de euros ao Fundo Global.
As farmacêuticas que produzem os medicamentos contra a aids também foram mais uma vez alvo das criticas dos ativistas. Eles protestaram contra os altos preços cobrados pelos antirretrovirais.
Assista abaixo o filme de encerramento da IAS 2011
Fonte: Agência Aids
Enviado pelo jovem: João Geraldo Netto
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