quarta-feira, 21 de março de 2012

Campanha do Ministério da Saúde pós-Carnaval incentiva teste de HIV

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que cerca de 630 mil pessoas vivem com o HIV no País. Dessas, 255 mil nunca teriam feito o teste e por isso não conhecem sua sorologia.

Diante deste problema, a campanha nacional de prevenção às DST/aids durante o Carnaval foi dividida mais uma vez em mensagens pré e pós-folia.

Nesta semana, o filme preparado para depois do Carnaval começou a ser exibido na TV aberta. Um jovem encontra no bolso da sua calça um bilhete de uma pessoa que ele teria supostamente feito sexo durante o Carnaval. Sem se recordar se usou ou não preservativo, ele pergunta a um elefante, que o leva a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer o teste de HIV.


Segundo o Ministério da Saúde, o filme é voltado aos jovens gays e busca reduzir as condições de vulnerabilidade em relação ao HIV/aids, às hepatites virais e a outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

A pasta ressalta que saber se tem o HIV precocemente permite começar o tratamento no momento certo e ter uma melhor qualidade de vida. Além disso, mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Os jovens gays de 15 a 24 anos foram definidos como principal foco da campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval deste ano, porque, de 1998 a 2010, o percentual de casos na população homossexual de 15 a 24 anos subiu 10,1%, conforme boletim epidemiológico de 2011. O conceito da campanha é: “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”.

Campanha polêmica

Desde que o vídeo ficou indisponível, em 3 de fevereiro, o assunto vem causando críticas de ativistas. O Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, por exemplo, entrou com representação na Procuradoria da República no Distrito Federal para ter explicações sobre o dinheiro gasto com o filme.

O Ministério da Saúde nega que houve qualquer tipo de censura ao filme e informa que o material foi produzido para ser exibido em locais específicos.

O filme que acabou indo ao ar na TV aberta mostra um casal de jovens alertando sobre os dados epidemiológicos da aids, e foi duramente criticado por militantes e representantes das pessoas vivendo com HIV e aids.


Por: Redação
Enviado por: João Geraldo Netto

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