terça-feira, 20 de março de 2012

Jovens com HIV/Aids querem o fortalecimento do ativismo feminino


José Rayan busca apoio para realizar
encontro de meninas

No dia internacional da mulher (8), a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids firma parcerias para realizar um seminário nacional de meninas soropositivas. O objetivo é integrá-las em ações de vivência e na construção de propostas de políticas públicas voltadas para este público.  Para isso, a Rede de Jovens iniciou negociações em busca de apoio para a realização do evento com técnicos do Departamento de Apoio à Gestão Estratégica e Participativa, da Secretaria de Gestão Participativa, do Ministério da Saúde, na sede do órgão, em Brasília (DF).

O Departamento assumiu o compromisso de apoiar o encontro de meninas vivendo com HIV e Aids, ampliando o debate com outras secretarias do governo, como a de Direitos Humanos e da Saúde do Adolescente, por exemplo. "Queremos falar com essas meninas sobre equidade, questões de raça e gênero, além de fazer uma aproximação com a juventude rural", afirmou a coordenadora da Coordenação-Geral de Apoio à Gestão Participativa ao Controle Social, Kátia Maria Barreto Souto.

De acordo com o coordenador da Rede de Jovens, José Rayan, o seminário de meninas vivendo com HIV/Aids é uma das demandas prioritárias do movimento juvenil de Aids. "O encontro, além de promover o emponderamento e a equidade, fará um diagnóstico de como o ativismo das mulheres pode ser decisivo na construção das politicas de saúde com foco em DST-AIDS", argumentou.

Natasha, jovem vivendo com HIV-Aids, coordena a
RNAJVHA no Sudeste
 
A jovem Natasha Braz é coordenadora da RNAJVHA na região Sudeste. Para ela, a luta contra a Aids evoluiu no tratamento e na política de controle social, mas as mulheres vivendo com HIV/Aids ainda precisam vencer  algumas vulnerabilidades sociais. "Fomos educadas a cuidar do outro e muitas vezes nos esquecemos de cuidar da gente. É hora da mulher positiva crescer, se fazer ouvida, avançar na negociação do uso do preservativo, encarar o preconceito, superar o estereótipo de beleza imposto pela mídia", avaliou.



Por: José Rayan
Enviado por: João Geraldo Netto

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