Uma pesquisa israelense mostra que pessoas que sabem que têm o HIV estão fazendo sexo sem camisinha e transmitindo o vírus para outras pessoas. A equipe de Zehava Grossman, pesquisadora da Universidade de Tel Aviv encontrou, em pacientes recém-diagnosticados, formas do vírus resistentes a drogas. Isso mostra que eles receberam o HIV de pessoas que já tomam o coquetel para controlar a doença.
Além disso, outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) foram encontradas nos testes, o que é mais uma indicação de que as pessoas deixaram de usar o preservativo em relações sexuais.
"A informação que temos é em Israel, mas temos tendências semelhantes nos EUA, na Europa e na Austrália", diz Grossman, sobre a falta de cuidado com o sexo seguro. "No nosso trabalho, fica bem claro que é uma tendência de 2007 para cá", completa.
Grossman afirma ainda que as pessoas infectadas têm consciência do que é um comportamento de risco. No teste de laboratório, é possível perceber se a pessoa adquiriu o vírus recentemente. A pesquisadora afirma que, nos últimos anos, muitos foram diagnosticados nesse quadro, e isso mostra que eles já imaginavam que poderiam estar com o HIV, provavelmente porque sabiam que tinham sido expostos ao risco.
Os dados obtidos deixam a pesquisadora preocupada principalmente com homens homossexuais. Ela diz que o número de gays diagnosticados é cinco vezes maior do que era há dez anos. Entre os heterossexuais, a variação não foi significativa, segundo ela.
Quero Fazer
No Brasil, uma campanha contra a Aids se volta para esse mesmo público. O programa Quero Fazer leva um trailler equipado com kits de teste rápidopara locais que são normalmente frequentados por homossexuais.
O exame é feito com uma gota de sangue, retirada com uma picada na ponta do dedo, e demora entre 45 minutos e uma hora para ser comunicado ao paciente.
O projeto, que já está presente em Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, é uma parceria do Ministério da Saúde com autoridades locais e organizações não governamentais (ONG's). Há ainda o apoio da Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional.
Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que não há registro de que a transmissão seja maior entre os gays, mas que esse é sim um grupo em que o HIV é mais comum, assim como entre profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis.
Segundo ele, o objetivo do Quero Fazer é "facilitar o acesso de populações que são diferentes do padrão usual da população" ao teste. "Muitas vezes, eles se sentem discriminados", comenta Greco, que especifica: "principalmente os travestis".
Números
O Ministério da Saúde estima que 0,6% da população brasileira seja portadora do HIV. Há cerca de 215 mil pacientes em tratamento. A cada ano, entre 20 mil e 25 mil novos casos são diagnosticados e cerca de 12 mil morrem por causa da Aids.
No Brasil, cerca de 30% dos diagnósticos são feitos só depois que o sistema imunológico já foi afetado. Nesses casos, além de controlar a Aids, é preciso também combater as doenças que ela pode acarretar, como, por exemplo, a tuberculose.
Por isso, Greco enfatiza que diagnosticar a doença cedo – o que só é possível com o exame específico de sangue – ajuda no tratamento. "Quanto melhor você estiver, menor a chance de surgirem efeitos colaterais [do remédio]", afirma o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, que é infectologista.
Fonte: 180 Graus
Enviado por: João Geraldo Netto
Além disso, outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) foram encontradas nos testes, o que é mais uma indicação de que as pessoas deixaram de usar o preservativo em relações sexuais.
"A informação que temos é em Israel, mas temos tendências semelhantes nos EUA, na Europa e na Austrália", diz Grossman, sobre a falta de cuidado com o sexo seguro. "No nosso trabalho, fica bem claro que é uma tendência de 2007 para cá", completa.
Grossman afirma ainda que as pessoas infectadas têm consciência do que é um comportamento de risco. No teste de laboratório, é possível perceber se a pessoa adquiriu o vírus recentemente. A pesquisadora afirma que, nos últimos anos, muitos foram diagnosticados nesse quadro, e isso mostra que eles já imaginavam que poderiam estar com o HIV, provavelmente porque sabiam que tinham sido expostos ao risco.
Os dados obtidos deixam a pesquisadora preocupada principalmente com homens homossexuais. Ela diz que o número de gays diagnosticados é cinco vezes maior do que era há dez anos. Entre os heterossexuais, a variação não foi significativa, segundo ela.
Quero Fazer
No Brasil, uma campanha contra a Aids se volta para esse mesmo público. O programa Quero Fazer leva um trailler equipado com kits de teste rápidopara locais que são normalmente frequentados por homossexuais.
O exame é feito com uma gota de sangue, retirada com uma picada na ponta do dedo, e demora entre 45 minutos e uma hora para ser comunicado ao paciente.
O projeto, que já está presente em Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, é uma parceria do Ministério da Saúde com autoridades locais e organizações não governamentais (ONG's). Há ainda o apoio da Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional.
Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que não há registro de que a transmissão seja maior entre os gays, mas que esse é sim um grupo em que o HIV é mais comum, assim como entre profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis.
Segundo ele, o objetivo do Quero Fazer é "facilitar o acesso de populações que são diferentes do padrão usual da população" ao teste. "Muitas vezes, eles se sentem discriminados", comenta Greco, que especifica: "principalmente os travestis".
Números
O Ministério da Saúde estima que 0,6% da população brasileira seja portadora do HIV. Há cerca de 215 mil pacientes em tratamento. A cada ano, entre 20 mil e 25 mil novos casos são diagnosticados e cerca de 12 mil morrem por causa da Aids.
No Brasil, cerca de 30% dos diagnósticos são feitos só depois que o sistema imunológico já foi afetado. Nesses casos, além de controlar a Aids, é preciso também combater as doenças que ela pode acarretar, como, por exemplo, a tuberculose.
Por isso, Greco enfatiza que diagnosticar a doença cedo – o que só é possível com o exame específico de sangue – ajuda no tratamento. "Quanto melhor você estiver, menor a chance de surgirem efeitos colaterais [do remédio]", afirma o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, que é infectologista.
Fonte: 180 Graus
Enviado por: João Geraldo Netto
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