Segundo o Unaids, estão na lista de países com o mesmo patamar de cobertura do Brasil (60-79%), Argentina, México, Paraguai e Quênia; enquanto Guiana, Chile, Cuba, Botsuana e Ruanda tratam mais de 80% do total de pessoas que precisam dos medicamentos antiaids.
"Existem poucas campanhas que incentivam a população a fazer o teste. A maioria das ações aborda somente a necessidade de usar camisinha", criticou o representante do Fórum de ONG/Aids de Minas Gerais, Nilson Silva.
O ativista explicou que na região metropolitana de Belo Horizonte existe fácil acesso ao teste rápido, mas que poucas pessoas sabem da existência do exame que pode diagnosticar o vírus da aids em cerca de 30 minutos. "Por isso, acredito que o número de soropositivos que não sabem da própria sorologia seja ainda maior".
De acordo com o Ministério da Saúde, 97% das pessoas diagnosticas com aids estão fazendo o tratamento. Porém, segundo explica o diretor do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, cerca de 250 mil pessoas têm o HIV e não sabem.
A vice-presidenta do Grupo Pela Vidda de Goiânia, Liamar Alves de Oliveira, defendeu campanhas contínuas divulgando o exame. "Quando estamos próximos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), o combate à doença ganha destaque. Mas, depois, o tema é esquecido", criticou.
Para Liamar, o ideal seria que não houvesse soropositivos sem diagnóstico. "Porém, a realidade é que muitos se descobrem com o vírus somente quando ficam doentes ou durante a gravidez, com o pré-natal."
Hugo Hagstrom, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV) de São Paulo, ponderou que a busca pelo teste de HIV passa por questões pessoais como medo e vergonha, principalmente levando-se em consideração que as pessoas que vivem com o vírus ainda são discriminadas. "Mas, sem dúvida, as campanhas do governo poderiam colaborar para diminuir essas questões culturais e fazer com que mais pessoas buscassem o teste."
Falha no acesso integral ao tratamento
Para o coordenador da Associação Brasileira Interdisipclinar de Aids (Abia), Veriano Terto, e a integrante da diretoria do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul, Márcia Leão, os números do Unaids significam que existem falhas no acesso integral ao tratamento da aids.
"O diagnóstico tardio do HIV ainda é uma realidade. Porém, precisamos pensar também se o govenro tem condições de oferecer tratamento a todas as pessoas que vivem com o vírus", declarou.
Segundo Márcia, a demora para que uma pessoa que se descobre com HIV faça os exames iniciais de acompanhamento chega a 9 meses em alguns locais do Rio Grande do Sul. "É inegável que as pessoas precisam ter acesso ao diagnóstico. Mas o governo deve oferecer estrutura para atender a todos os que se descobrem soropositivos."
Governo responde
Durante o lançamento do Relatório Global sobre HIV/Aids, realizado nesta segunda-feira, 21 de novembro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que haverá mudanças nas campanhas governamentais de combate à aids. De acordo com Padilha, as ações serão levadas para diferentes mídias, como canais fechados e redes sociais. "Precisamos usar estratégias de comunicação diferentes e não reproduzir as que são usadas há 20 anos. O dinheiro que será investido para esse fim vai aumentar. No próximo ano estarei à frente do planejamento financeiro e farei essa organização com um novo olhar", disse.
Ainda segundo o ministro, em 2011 o valor investido em publicidade será de R$ 15 milhões. "Além disso, pretendemos ampliar as ações do primeiro de dezembro até o carnaval, priorizando ações de comunicação regionais."
Fonte: Agência de Notícias da Aids
Por: Fábio Serrato
Enviado por: João Geraldo Netto
"Existem poucas campanhas que incentivam a população a fazer o teste. A maioria das ações aborda somente a necessidade de usar camisinha", criticou o representante do Fórum de ONG/Aids de Minas Gerais, Nilson Silva.
O ativista explicou que na região metropolitana de Belo Horizonte existe fácil acesso ao teste rápido, mas que poucas pessoas sabem da existência do exame que pode diagnosticar o vírus da aids em cerca de 30 minutos. "Por isso, acredito que o número de soropositivos que não sabem da própria sorologia seja ainda maior".
De acordo com o Ministério da Saúde, 97% das pessoas diagnosticas com aids estão fazendo o tratamento. Porém, segundo explica o diretor do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, cerca de 250 mil pessoas têm o HIV e não sabem.
A vice-presidenta do Grupo Pela Vidda de Goiânia, Liamar Alves de Oliveira, defendeu campanhas contínuas divulgando o exame. "Quando estamos próximos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), o combate à doença ganha destaque. Mas, depois, o tema é esquecido", criticou.
Para Liamar, o ideal seria que não houvesse soropositivos sem diagnóstico. "Porém, a realidade é que muitos se descobrem com o vírus somente quando ficam doentes ou durante a gravidez, com o pré-natal."
Hugo Hagstrom, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV) de São Paulo, ponderou que a busca pelo teste de HIV passa por questões pessoais como medo e vergonha, principalmente levando-se em consideração que as pessoas que vivem com o vírus ainda são discriminadas. "Mas, sem dúvida, as campanhas do governo poderiam colaborar para diminuir essas questões culturais e fazer com que mais pessoas buscassem o teste."
Falha no acesso integral ao tratamento
Para o coordenador da Associação Brasileira Interdisipclinar de Aids (Abia), Veriano Terto, e a integrante da diretoria do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul, Márcia Leão, os números do Unaids significam que existem falhas no acesso integral ao tratamento da aids.
"O diagnóstico tardio do HIV ainda é uma realidade. Porém, precisamos pensar também se o govenro tem condições de oferecer tratamento a todas as pessoas que vivem com o vírus", declarou.
Segundo Márcia, a demora para que uma pessoa que se descobre com HIV faça os exames iniciais de acompanhamento chega a 9 meses em alguns locais do Rio Grande do Sul. "É inegável que as pessoas precisam ter acesso ao diagnóstico. Mas o governo deve oferecer estrutura para atender a todos os que se descobrem soropositivos."
Governo responde
Durante o lançamento do Relatório Global sobre HIV/Aids, realizado nesta segunda-feira, 21 de novembro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que haverá mudanças nas campanhas governamentais de combate à aids. De acordo com Padilha, as ações serão levadas para diferentes mídias, como canais fechados e redes sociais. "Precisamos usar estratégias de comunicação diferentes e não reproduzir as que são usadas há 20 anos. O dinheiro que será investido para esse fim vai aumentar. No próximo ano estarei à frente do planejamento financeiro e farei essa organização com um novo olhar", disse.
Ainda segundo o ministro, em 2011 o valor investido em publicidade será de R$ 15 milhões. "Além disso, pretendemos ampliar as ações do primeiro de dezembro até o carnaval, priorizando ações de comunicação regionais."
Fonte: Agência de Notícias da Aids
Por: Fábio Serrato
Enviado por: João Geraldo Netto
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